quinta-feira, 26 de abril de 2012

Reflexão dos Mandamentos

Reflexão dos Mandamentos à luz do preceito de “não roubar”- Parte I
“Não furtareis”(Lv 19,11).



Cabe, a nós Catequistas levarmos os nossos catecúmenos a uma reflexão ética, moral e justa. Baseado em um artigo do livro “os dez(s) mandamentos”. Trago a vocês um instrumento de análise e reflexão, que irá vos ajudar a iluminar a vida das crianças e jovens. Nesse artigo, o Decálogo é analisado na ótica preceitual do sétimo mandamento, ou seja, ‘não roubar’. Há em cada um dos dez mandamentos a indicação de um “roubo”, que precisa ser evitado e combatido pelo agir ético, honesto e respeitoso do homem em sua relação com Deus e com o seu próximo.



ü  1º mandamento: “Amar a Deus sobre todas as coisas”. O que é de Deus é de Deus. Por isso, se proíbe roubar o amor que é devido a Deus e vertê-lo a outros fins e destinatários.
ü  2º mandamento: “Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus em vão”. Aqui, denuncia-se a possibilidade de se “roubar o nome santo de Deus” para manipula-lo segundo interesses próprios e com fins escusos.
ü  3º mandamento: “Guardar domingos e festas de guarda”. Mostra-se que o “lugar” destinado a Deus em nossa vida deve ser sempre preservado e valorizado, pois “rouba-lo” é negar a Deus o devido reconhecimento e a celebração de sua dignidade, de seu senhorio e de sua soberania em nossa vida e no mundo por Ele criado.
ü  4º mandamento: “Honra teu pai e tua mãe”. Esse mandamento chama a atenção para o relacionamento respeitoso e amoroso que deve haver entre pais e filhos. Violar este preceito é roubar a honra dos pais, recusando-lhes o reconhecimento da autoridade que lhes é legitima, a gratidão e o amor que lhes são devidos.
ü  5º mandamento: “Não Matarás”. A vida, bem supremo, não pode ser colocada na mão do homem, para ele assim ter o poder de decretar e efetuar o seu fim, e o fim de qualquer pessoa. Roubar o dom da vida é apropriar-se dela (como se não pertencesse a Deus), com o vil propósito de aniquilar o outro.
O conselho de um Pai nunca é para o mal de seu filho. O Senhor quer cuidar de nós, quer nos proteger, nos indicar um caminho. Nós Catequistas, e que muitos casos, somos pais e mães, sabemos o quanto queremos o bem dos nossos filhos. Por isso, façamos a experiência de levar esta reflexão as nossas crianças, não como algo negativo, mas como um itinerário que diz: Sim a vida! Na próxima oportunidade, estaremos expondo a segunda parte do artigo, concretizando esse meio articulação reflexiva.
Encontramo-nos na oração e na Eucaristia!
Seminarista Alex Sandro Serafim





Reflexão dos Mandamentos à luz do preceito de “não roubar”- Parte II






“Não matarás”(Ex 20,13).
Queridos Catequistas, muitas vezes nos perguntamos: Por que refletir coisas tão negativas como os mandamentos? Vamos ficar só com as coisas legais para falar? Isso é um pensamento equivocado da vontade de Jesus para nós. Precisamos dar aos nossos catecúmenos uma luz de conduta. A chave de leitura dos dez mandamentos, na prática de Jesus, é a prática do amor ao outro: “o que fizerdes ao menor dos meus irmãos, a mim fizestes"(Mt”25,31ss). Só temos que ver é como falamos isso as pessoas. Não numa linguagem que soa a negatividade, mas como graça de Deus. Quando meu irmão vai bem, eu também vou bem.
ü 6º mandamento: “Não cometerás adultério”. Aqui notamos a intenção de roubar do sexo a doação de si e a acolhida do outro, que conferem o sentido verdadeiramente humano e autenticamente divino ao relacionamento entre homem e mulher.
ü 7º mandamento: “Não roubarás”. Somos alertados de que se apropriar de uma pessoa ou dos bens por ela legitimamente adquiridos para cuidar de si e ou de sua família é o mesmo que roubar a liberdade e as condições imprescindíveis à dignidade do próximo.
ü 8º mandamento: “Não apresentarás um falso testemunho contra o teu próximo”. Somos advertidos de que “roubar” a verdade é ferir de morte a justiça. Trata-se de um atentado contra a boa reputação a que todo homem justo tem direito.
ü 9º mandamento: “Não cobiçarás a mulher do seu próximo”. Hoje, lê-se também “não cobiçar o homem do próximo”. É-nos ensinado que roubar o cônjuge do próximo é atentar contra a fidelidade, é consentir na traição, é abalar ou quem sabe até destruir as bases de sustentação da família que são o amor, a confiança recíproca e o respeito mútuo.
ü 10º mandamento: “Não cobiçarás coisa alguma que pertença ao teu próximo”. Por fim, vemos que cobiçar os bens alheios é dar vez à inveja, ao furto, à acumulação que gera a alienação dos direitos, ao enriquecimento que gera a pobreza, à lei do mais forte que subjuga o mais fraco, instaurando a “desordem do progresso”.
“E quem ama o próximo ama a Deus, quem não ama o próximo não ama a Deus, porque Deus é amor”(I Jo 4,7). Hoje, os caminhos da felicidade estão camuflados por mil atrativos, e pena que esses são atrativos ilusórios, e que vão contra Deus, o irmão, contra nós mesmos e a natureza. Não podemos deixar que o inimigo destrua nossa vida, família e comunidade. Não nos omitamos da Verdade que brota da vida, de uma vida pautada no verdadeiro amor de Deus.

Encontramo-nos na oração e na Eucaristia.
Seminarista Alex Sandro Serafim

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