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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Catequese e a Natureza

Catequese e a Natureza


“No princípio, Deus criou os céus e a terra”(Gn 1,1).
O homem recebeu de Deus a incumbência de governar, usufruir, guardar e proteger a natureza. A natureza está ao nosso serviço como nós estamos ao seu serviço. A Catequese tem um papel importante nesse processo, como instrumento de conscientização ético e politico de proteção à natureza. E sabemos como as crianças e os jovens são solícitos e sensíveis a esse tipo de evangelização que tem como ideal a proteção da natureza e dos animais.
No final do mês passado realizou-se a RIO 20 e a Cúpula dos Povos onde se discutiu as mudanças climáticas e Justiça Social. Em muitos debates foi reafirmado que a grande responsabilidade pelo aquecimento global e consequentemente pelas mudanças climáticas, recai no modelo de desenvolvimento de nossa sociedade atual, modelo este que possui como um dos seus fundamentos a economia capitalista.
Hoje, fala-se de uma “economia verde” como solução para o problema da natureza, mas isso é apenas uma “nova roupagem”, a fome pelo poder e a devastação criminosa continua de forma inescrupulosa e animal. A economia verde não passa, na realidade, de uma estratégia do capitalismo para continuar sua acumulação e expansão a partir da tentativa de tratar a natureza como uma espécie de “capital natural”, colocando preço em todos os serviços que plantas, animais e o ecossistema como um todo oferecem à humanidade de forma gratuita. É a “precificação” da natureza, e isso já acontece principalmente com a água, que sendo dom da natureza, é nos cobrada.
 A Catequese tem que fazer seu papel profético na comunidade. Mas como? Promovendo debates com órgãos de proteção ambiental, vigiando as empresas da comunidade, promovendo passeatas a favor da natureza e dos animais, plantio de árvores, visitação de conscientização, promover e ensinar a comunidade a fazer a seleção do lixo, promover mutirão de limpeza em rios, ruas e praças...
Muitos podem pensar ser pouco, mas é no pouco de cada um que as grandes coisas acontecem. E nós como cristãos, como Igreja, Catequese temos que dar nosso testemunho. Deus perdoa sempre. O homem perdoa de vez enquanto. Mas, a natureza não perdoa nunca.
Que Deus nosso Pai que nos criou-nos de força para proteger com justiça a nossa natureza, e que a Rainha do céu e da terra proteja com seu manto azul o nosso planeta azul.
Encontramo-nos na oração e na Eucaristia.
Sem. Alex Sandro Serafim.

Setembro: Mês da Bíblia

Catequese: lugar da Palavra viva


“Bíblia na mão, pé na missão” (Dom Orlando Brandes).
Setembro é um mês de festa na comunidade catequética. Onde tudo gira em torno de Cristo Palavra. Não podem faltar as comemorações, reflexões, celebrações e um lugar de destaque para esse alimento tão importante para o cristão. A Catequese que não é fundamentada na Palavra é uma provável candidata ao esfacelamento.
A Bíblia sempre esteve presente no caminho do povo de Deus. E que após o Concílio Vaticano II, que foi um linear paradigmático da Igreja, a Bíblia novamente ganhou sua importância, se fundamentou e cresceu no meio da comunidade, tanto para sua vida, como para a missão.
No Brasil é bonito de ver os Grupos de Família, Grupos de Rua, Grupos de Reflexão, Círculos Bíblicos, Catequese e demais pastorais e movimentos com a Bíblia na mão. Percebemos um desejo de conhecimento e vivência dessa Palavra de liberta e cura.
Desde 1971, a Igreja do Brasil (que somos nós), a CNBB, criou o mês da Bíblia. Com a finalidade de instruir os fiéis sobre a Palavra de Deus e a difusão da Bíblia, também foi fundamental para aproximar a Bíblia do povo de Deus. E em todo mês da bíblia é proposto um livro (ou parte dele) para ser refletido, rezado, estudado. O mês da Bíblia tem contribuído com o crescimento da Animação Bíblica em toda pastoral.
Em 2012 será estudado o livro do Evangelho de Marcos, por ser o primeiro a ser escrito, no ano de 70 dC. Em continuidade dessa nova dinâmica, a Comissão Bíblica da CNBB definiu que, no Mês da Bíblia dos próximos quatro anos serão estudados os Evangelhos: Marcos (2012), Lucas (2013) e Mateus (2014), conforme a sequência do Ano Litúrgico, completando com o estudo de João em 2015. Será uma riqueza para nós. Claro que para aprofundar temos que buscar os subsídios de estudo, e ai montar nossos grupinhos e organizar nossos encontros. No caso, a Catequese, pode se organizar nos seus encontros catequéticos.
Cada evangelho será lido e relido na perspectiva da formação e do seguimento, destacando o que é específico de cada evangelista, bem como da comunidade que está por trás de cada Evangelho. O Evangelho desse ano, o de Marcos,  será estudado a partir do tema “Discípulos Missionários a partir do evangelho de Marcos e do Lema “Coragem! Levanta-te, ele te chama!”  (Mc 10,49).
Desejo a todas as comunidades catequéticas um ótimo encontro com Cristo Palavra. Sejam audaciosos. Avancem com profundidade nas Escrituras. Transformem a letra em Palavra viva, eficaz, mais penetrante que uma espada de dois gumes (Hb 4,12). A Catequese pode também fazer o seu encontro junto com os Grupos Bíblicos de Família, será uma riqueza incomensurável.
Encontramo-nos na Eucaristia, na oração e na Palavra.
Seminarista Alex Sandro Serafim.

Nossa Senhora, nossa Mãe!

MARIA, MÃE DOS OLHARES[1]
Jesus, então, vendo sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à sua Mãe: “Mulher, eis teu filho!” Depois disse ao discípulo: “Eis tua mãe!” E a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa. (Jo 19, 26-27).
A devoção à Maria em seus diversos títulos é a maior expressão de amor que encontramos em nossa Igreja. Em toda história a sua humilde presença confirma o que  diz a Sagrada Escritura, do qual “todas as gerações proclamarão bem aventurada” (Cf. Lc. 1,48). A maior alegria de um cristão católico é poder confiar na intercessão da Mãe.
Sabemos que uma forma de agradecer, e ao mesmo tempo recorrer à Mãe Maria, é rezando o terço. É justamente nesta hora do terço que nossa homenagem se estende a toda humanidade. Maria é Mãe de todos os povos. Toda humanidade é incluída na oração do terço, e em seus mistérios, contemplamos a maior história de amor, em que, o Pai oferece o seu Filho para que toda humanidade pudesse chegar a Ele. O Pai desejou que cada um de nós pudesse ter acesso a Ele, mas o pecado se tornou uma barreira, sozinhos não conseguimos passar.  Mas Jesus, o Filho de Deus, foi quem derrubou esta barreira, “o véu do templo se rasgou” (Cf. Mt. 27, 51), agora todos nós podemos achegar-se diante do trono onde está sentado à direita do Pai, o nosso Rei, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus que Ressuscitou.
Diante dessa história de amor, a participação de Maria foi indispensável para toda a humanidade. A atitude de Maria foi somente olhar para esta história, guardar em seu coração, e confiar no projeto de Deus para a salvação de sua geração e as gerações posteriores. Podemos encontrar os “olhares de Maria” no seu “Sim” – O “olhar do SIM” é um olhar aflito, mas repleto de aceitação (Cf. Lc 1, 28-29); o “olhar do SERVIR” que a leva a casa de Zacarias nas montanhas para cuidar de sua prima Isabel (Cf. Lc 1, 39-41); o “olhar de CARINHO”, carinho de Mãe que no auge da sua maternidade recebe a visita dos reis magos e transmite esse olha para cada um mostrando que tudo o que passou até então ela tinha guardado no coração (Cf. Lc. 2, 16-19); o “olhar de INTERCESSORA” revelado em Caná da Galiléia, numa festa de casamento, onde Maria lança seu olhar e o Filho atende o pedido da Mãe transformando a água em vinho (Cf. Jo. 2, 1-5); o “olhar de MÃE DO MUNDO” que aos pés da Cruz, vendo o seu Filho partir, em meio a tanta solidão por não ter ninguém por ela, o seu olhar é lançado ao Filho que entrega a humanidade toda em sua mão e, enfim o mundo a recebe como Mãe (Cf. Jo. !9, 25-27).
São tantos olhares que nos mostram que Maria, também vela por nós, assim como o Filho vela concedendo-nos a sua graça e benção. Que Maria, Mãe de todos os povos nos livre de todos os males, e nos cubra com seu manto sagrado e interceda por nós nesta vida peregrina aqui na terra apontando seu Filho que nos conduz a eternidade. Amém!


[1] Artigo produzido por Gilson Pereira.

terça-feira, 24 de julho de 2012

LIVRO: A EFICÁCIA MARAVILHOSA DO SANTO ROSÁRIO - SÃO LUIZ MARIA GRIGNION DE MONTFORT


LIVRO: A EFICÁCIA MARAVILHOSA DO SANTO ROSÁRIO - SÃO LUIZ MARIA GRIGNION DE MONTFORT




http://pt.gloria.tv/?media=214505

Livro IMITAÇÃO DE CRISTO


Imitação de Cristo



Este é o nome do livro considerado um dos mais importantes da literatura devocional católica, escrito no século XV pelo monge alemão Tomás de Kempis.

Acesse o site e receba um conselho.Lá, preencha seus dados e clique no livro. Será escolhido, aleatoriamente, um conselho para você.




Para quem quiser ler todo o livro, aí vai o link do site, onde contém todos os capítulos:

http://www.mariamaedaigreja.net/Livro_Imitacao_de_cristo.html



domingo, 1 de julho de 2012

O Desenvolvimento Humano

DIOCESE DE CRICIÚMA
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

ENCONTRO DE FORMAÇÃO PARA CATEQUISTAS 
Junho/2012


O DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL (6-11 ANOS)

CARACTERÍSTICAS DESTA FASE: 
Distingue a realidade da imaginação; Aparecimento do senso crítico; Gosto por descobrir coisas novas; Quer saber os "quês" e os "porquês" das coisas; Desperta a consciência psicológica e moral de forma mais clara
            Dos sete aos 11 /12 anos, é chamado de idade da razão: a criança torna-se mais consciente. Aqui temos de distinguir entre o período dos 7 aos 9 anos e dos 9 aos 12 anos. A criança é diferente em cada um desses períodos. Aos 7 anos a criança está em crise. Este tempo de crise é sempre difícil, é uma "passagem" de uma idade para outra. É tempo de transição. Até aí, ela era uma no meio dos irmãos; agora se sente perdida no meio do grupo que frequenta ou da catequese. O egocentrismo dá lugar à sociabilidade. A criança, pelos 8, 9 anos, descobre o sentido social, vira-se para fora, para o grupo, para os colegas, para o outro.
A contemplação dá lugar à ação. É idade escolar, idade de memorizar, do "querer saber" os "porquês" das coisas. Aqui já podemos falar de responsabilidade moral e de uma vida espiritual mais pessoal. Por volta dos 9 anos a criança torna-se difícil, não acredita facilmente no que lhe dizemos. Há um forte “resfriamento" na afetividade, consequência da descoberta dos defeitos dos adultos, a criança quer ser “grande”,  nem sempre aceita que vivam a beijá-la, abraça-la e a paparicá-la.
Aqui, o ensino tem que ser muito concreto, seguro e claro para educar  e  desenvolver a inteligência. É uma oportunidade maravilhosa, nesta idade, para a criança se doar, pensar nos outros, servir, etc. Ela é materialista (precisa ver e tocar). Daí a necessidade de uma catequese viva e ativa, de experiências ou vivências de fé muito profundas. Mais frequentemente fazer-se valer do testemunho do que das palavras. A partir dos 10 anos, a criança está mais calma, como que descansando para entrar na grande crise da  adolescência.


ATITUDES IMPORTANTES DO CATEQUISTA E DOS PAIS:
-Não dizer para uma criança que o trabalho dela está mal feito, pois isso vai desanimá-la;
-O catequista deve responder  a todas as perguntas que a criança faz,  mesmo se for preciso pesquisar e responder depois. Responder sempre com frases simples e curtas;
-A criança é capaz de permanecer muito tempo em admiração e meditação diante de uma flor,o  catequista poderá aproveitar-se disso para levar a criança a admirar a criação de Deus;
-O catequista deve canalizar a agressividade para o bem, para o belo, etc... aproveitar as energias da criança para as atividades e não castigá-las;
-O catequista deve ser um testemunho para as crianças. Aproveitar-se da interiorização da criança para levá-la a pensar, a falar com Cristo em oração;As atividades devem ser organizadas em grupos, brincadeiras com critérios que estimulem a liderança e o respeito entre eles.Por necessidade  do concreto (ver e tocar) para aprender é importante  usar  símbolos na catequese, especialmente nos momentos de oração.


O DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA ADOLESCÊNCIA (12-18 ANOS)
A adolescência possui dois estágios, um que inicia o período que chamamos de pré-adolescência, sendo por volta dos 12 e 13 anos e outro, a adolescência propriamente dita,que é dos 14 aos 18 anos.A pré–adolescência (12-13 anos) que podem oscilar este período de seis meses a dois/três anos,desponta aos 11-12 anos nas meninas e cerca de um ano mais tarde nos meninos (13).Nesta altura da vida há que fazer uma certa distinção entre meninas e meninos,porque as respectivas evoluções têm um ritmo diferente (mais lento no rapaz,por exemplo).

ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE O PERÍODO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA:

CRIANÇA                                   
ADOLESCENTE
Conservadora
Revolucionário
Tradicionalista
Inovador
Pouco inventiva
Inventivo
Imita os mais velhos
Imita os mais novos
Respeita regras
Procura criar regras
Aceita as realidades
Protesta contra elas














CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES: IDADE MARCADA PELAS MUDANÇAS E DÚVIDAS.

A) PROCURA DE IDENTIDADE

Quer saber quem é e qual o sentido da sua vida;
Deseja relacionar-se profundamente com os outros;
Procura “modelos” de identidade (herói);Busca de autonomia pessoal, mas sente-se confuso;
Sente-se carente e inseguro (procura refúgios);
Vê no grupo o espaço do “EU” com o seu ideal,como fonte de valores e segurança


B) IDADE DE MUDANÇAS:


 Físicas:
-Inicia a transformação corporal e sexual e ocorre a perda de harmonia interior e exterior.


 Psicológicas:
-Tem início a passagem do pensamento lógico ao formal.
-Prefere a análise á constatação... (pode pensar por seus próprios pensamentos).
-Desenvolve-se a capacidade imaginativa.
-Torna-se criador nato – idealista ,confiante, arrogante.
-Volta-se para si mesmo - só tem valor os seus próprios juízos.


Afetivas:
-Tem grande necessidade de amar e  de se sentir amado.
-É emotivo – entrega-se... mas é inconstante.
-É  caprichoso instável e bloqueado por medos.


  Morais:
-Reforça-se o sentido da responsabilidade – capacidade de opção.
-Procura com intensidade encontrar valores e pessoas concretas que os vivam.
-É tolerante consigo e intransigente com os outros.

Religiosas:
-Vive um tempo de crise, dúvidas, interrogações, ambiguidades, críticas, recusa da prática religiosa quando imposta e não assimilada.
-Deus é ,para ele, força, poder ,apoio, refúgio .
-É  ritualista (reza e participa nos sacramentos, mais em função da tranquilidade  e segurança do que como expressão de Fé).
-Deus vai deixando de ser algo para ser Alguém.
-Já não armazena ideias sobre Deus ”experimenta-o”.
-Nasce uma forma nova de viver e de se relacionar com o seu Senhor.


Encontro de Formação do dia 30 de junho de 2012




O QUE É MESMO ESPIRITUALIDADE?

         Espiritualidade tem muito a ver com o sentido que damos à vida, aos fatos e acontecimentos.A interpretação que damos a tudo o que vemos é fruto do tipo de espiritualidade que cultivamos. O modo como encaramos as coisas e a leitura que fazemos da realidade depende do tipo de espiritualidade que cultivamos. Isso significa que a espiritualidade influencia a maneira de enxergar o mundo e as coisas ao nosso redor.
          Espiritualidade vem de Espírito, ou seja, uma força que envolve todo o ser da pessoa.
Assim, espiritualidade é justamente o nosso modo de perceber o "espírito" do que acontece à nossa volta. A espiritualidade nos faz entender o que há de transcendente ao nosso redor.

            Na vida do cristão, a espiritualidade é a vivência da fé sob o impulso do Espírito Santo. É deixar o Espírito Santo motivar, animar, impulsionar a vida pessoal, o relacionamento com os outros, a vida da comunidade, da família. O Espírito anima, impulsiona, provoca unidade, energia e ardor.

            É o Espírito que faz o homem através do batismo tornar-se filho de Deus, e deixando-se guiar por Ele, torna-o capaz de entrar em diálogo, recebendo o convite à profissão de fé. Respondendo ao chamado, o coração se encherá do seu amor, provocando um estilo de vida.

            A espiritualidade faz com que eu deixe o Espírito Santo inspirar o meu modo de pensar e animar todo o meu agir. Pela espiritualidade cristã assumimos um estilo de vida, um jeito de viver, um modo de estar no mundo. A espiritualidade cristã é a espiritualidade de Jesus, segundo seu Espírito. É viver a como ele viveu, fazer o que ele fez, viver o que ele viveu, assumir o seu projeto.

            É servir aos irmãos. É comprometer-se com o Reino de Deus como Jesus se comprometeu.Somente a força de Deus, o viver segundo o Espírito, nos faz sair de nós mesmos para nos colocar a serviço de uma causa em favor da vida. Sem esse impulso de Deus é impossível realizar um serviço duradouro e comprometido com o seu Reino.

            Sem uma espiritualidade profunda, tudo vai perdendo o seu sentido. O desânimo, o comodismo, a tristeza, o abatimento, a omissão vão invadindo e tomando conta de nossa vida. A espiritualidade nos torna dinâmicos, firmes na fé e perseverantes na missão de seguir Jesus Cristo.

              Assim, espiritualidade não é abstração, distanciamento dos fatos, da realidade, mas é viver,testemunhar e agir neles segundo o Espírito de Deus. Espiritualidade não é uma parte da vida, mas a vida inteira guiada pelo Espírito de Deus. Quem deseja viver uma espiritualidade autêntica não pode ficar parado, fechado às emoções, aos apelos do Espírito Santo, não pode fechar-se em si mesmo ou nas suas convicções. O Espírito é sempre questionador, impulsionador, animador.

             
             Espiritualidade cristã é um estilo de vida que deve ser construído diária e permanentemente, é um exercício, um caminho de busca. É um itinerário na busca de Deus através de Jesus Cristo, no compromisso de gerar vida e justiça para todos.
Vale lembrar que não há apenas um tipo de espiritualidade, mas várias espiritualidades. Há a espiritualidade do leigo, do monge, do padre, da religiosa, do franciscano, do redentorista, do budista, do muçulmano, do catequista e assim por diante. E cada um tem uma espiritualidade que lhe é própria.

              Espiritualidade não consiste simplesmente na realização de exercícios devocionais religiosos, mas num modo de posicionar-se na vida e ver todas as coisas. Já dizia o poeta Exupéry, no Pequeno Príncipe: “só se vê bem com o coração: o essencial é invisível aos olhos”. Pois bem, a espiritualidade consiste em olhar o mundo com os olhos do coração.  A espiritualidade ajuda o catequista a ter maior intimidade com Deus, a crescer no seguimento de Jesus como seu discípulo e a viver com coerência seu projeto de vida cristã.

UMA COMPARAÇÃO SIGNIFICATIVA:Poderíamos comparar a espiritualidade à raiz de uma árvore. Mas não basta uma espiritualidade se não houver uma mística própria. A mística é a seiva que vem das raízes e percorre toda a árvore. A Mística nos move para a realização do projeto de Deus. Ela dá sabor à
espiritualidade.O profeta Jeremias percebeu intensamente a mística do seu ministério: “Tu me seduziste Senhor e eu me deixei seduzir” (Jr 20,7-13).
Ora, na mística, quem não se deixa seduzir por Deus acaba sendo seduzido por si mesmo.A oração é como que a folhagem da árvore. É ela que faz a árvore respirar e se manter sempre viva e verdejante.


A ORAÇÃO É O ALIMENTO  PARA A ESPIRITUALIDADE

“No suor dos teus dias, usa a oração sem mostrá-la.
Na oração falas com Deus, no serviço Deus te fala”


A oração faz parte da espiritualidade. Porém, não é a mesma coisa que espiritualidade. Esta é mais do que a oração. Podemos fazer oração, mas não termos espiritualidade. É o caso da oração que separa fé e vida, que se isola da história. Torna-se oração descomprometida com a vida, oração sem a presença e a abertura verdadeira para Deus.

A oração para ser parte da espiritualidade deve ser vivida, testemunhada. Ela deve criar uma relação amorosa com Deus, uma intimidade. É a oração que vai alimentar nutrir e fortalecer a espiritualidade.

Para melhor entendermos, vale lembrar a analogia do amor conjugal que a Bíblia tanto usa. A autenticidade dos momentos de especial intimidade do casal humano, como expressão de amor, depende muito de como eles vivem o ritmo mais comum e permanente da vida a dois. Beijo de gente que se ama vinte e quatro horas por dia, é diferente de quem busca o outro apenas para uma satisfação passageira. Seria muito estranho se o casal dispensasse momentos de maior intimidade com desculpas do tipo: “Não precisa! Já moramos juntos na mesma casa. Estamos cansados de saber que nos queremos bem”... Ora,  quem entra por este caminho acaba esfriando e esvaziando o relacionamento conjugal. O amor vai definhando por falta de gestos concretos de carinho e reciprocidade.

Assim também ocorre com a oração. Somente uma vida de oração pode dar consistência aos momentos específicos de intimidade com Deus. A oração é o combustível para a dinâmica do encontro permanente com Deus e da leitura da sua presença nas mais diferentes situações. Cuidar da oração é olhar de novo a raiz de nossa vida, de nossas opções e trabalhos e garantir a saúde da árvore inteira.

Importante é perceber a oração como experiência de amor. Ela, como diz Santa Teresa de Jesus, “não é nada mais do que um íntimo relacionamento de amizade a sós com aquele que nos ama”. O caminho da espiritualidade supõe esforço, exercício (ascese), certa disciplina, porque a oração não é algo instintivo, que nos vem de dentro. Ela exige seu tempo, seu lugar. Se não se impõe certa disciplina, a oração acaba sendo prejudicada. Daí a importância de abrimos espaços permanentes na nossa prática pastoral para esse encontro pessoal e profundamente com Senhor (encontro também comunitário). Momento para a pessoa se trabalhar, penetrar na profundidade do mistério.
Temos que nos sentir “seduzidos” pela profundidade do encontro, e reviver a experiência de Jeremias: “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr 20,7).


Não é difícil perceber como o nosso jeito de ser, de rezar, de interpretar os fatos está intimamente ligado a imagem de Deus que cultivamos. Sabemos que qualquer ideia ou definição de Deus será sempre incompleta, imperfeita, parcial. Por isso temos Jesus, revelação do Pai.

        Muitas vezes nossas atitudes deixam de revelar um Deus-Amor e Misericórdia e acabam por imprimir uma imagem de um Deus severo, juiz e castigador. A experiência e a imagem que temos de Deus podem influenciar determinantemente a experiência e a imagem que nossos catequizandos podem ter de Deus.

       Um discernimento constante nos ajudaria a perceber nossas reais motivações para a vivência de nossa espiritualidade. Sempre cabe perguntar: Isto que estou fazendo ou sentindo, apontam para que tipo de imagem de Deus? Essa imagem é a do Deus revelado por Jesus ou é o retrato distorcido daquilo que Deus é em sua essência?

Espiritualidade é:
• Descobrir a providência divina nas dificuldades diárias;
• Sentir Deus no abraço de uma criança;
• Ir dormir morrendo de cansaço, mas feliz por ter sentido Deus no serviço ao outro;
• Ver noticiários de pessoas que fazem algo bom e se alegrar com isso;
• Perguntar: Senhor, o que queres que eu faça?




domingo, 10 de junho de 2012

Reflexão do 10º Domingo do Tempo Comum

Iniciamos a segunda parte do tempo comum, este tempo é dedicado aos feitos de Jesus e seus ensinamentos, também neste período a Igreja dedica aos santos em suas festas e datas comemorativas é o tempo de penetrarmos nos ensinamentos de Jesus e vivermos a realidade do evangelho em suas pregações.

Vemos na primeira leitura o pecado que entra na humanidade e desfigura os homens de sua semelhança com o Criador. O homem perde a pureza, perde a relação de amizade com seu Senhor e tudo por causa da soberba que foi instigada por Satanás. 

É bom vermos que Deus criou o ser humano perfeito e que o pecado entrou na humanidade por uma permissão do homem que quis ser igual a Deus, mas vemos nessa leitura o que a Igreja chama de “proto evangelho”, quando Deus diz: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela”. Neste texto Deus promete que na descendência da mulher virá alguém que destruirá o mal – Jesus – Esse mal que tanto destruiu e causou, como ainda causa, um grande desastre aos seus filhos. Mas seus dias estão contado, a partir do pecado de nossos primeiros pais, os dias do inimigo está contado e Deus vai destruí-lo passo a passo, afinal Satanás é o inimigo de Deus.

Assim na segunda leitura somos orientados que nada se compara com aquilo que não vemos, mas já experimentamos neste mundo e que de forma plena se realizará na eternidade. Colocar sua vida a mercê do Senhor é seguir seu caminho o que muitas vezes resulta em perseguições, incompreensões, calúnias e tantas outras formas de dificuldade, mas o que olhamos e vemos não está aqui neste mundo e neste plano de vida, mas na eternidade, “Com efeito, o volume insignificante de uma tribulação momentânea acarreta para nós uma glória eterna e incomensurável”. É o que olhamos e esperamos e é o Espírito Santo que nos revela tudo o que podemos ter na eternidade e quanto mais nos aproximarmos de Deus e caminharmos na vida no Espírito mais teremos em nós a claridade do que nos espera na eternidade feliz. Santa Rosa de Lima dizia que se soubéssemos o que nos espera nos céu desejaríamos todo sofrimento na terra. Somente os santos podem ver e perceber a realidade do Céu e sabemos que o Reino de Deus começa aqui, então vamos nos esforçar para viver um pouco da eternidade no dia a dia de nossa vida afinal a eternidade é este instante de nossa vida. Viver o eterno é viver intensamente o momento presente com toda intensidade em Deus no poder de seu Espírito.

Jesus se coloca como alguém que tem pressa, não pode parar tem que anunciar o evangelho essa disposição de Jesus leva seus parentes pensar que Ele estava louco (fora de si). Tentam ver Ele como obra do Demônio, querem de toda forma não dar o crédito do que Ele estava realizando buscando escapar de um confronto com a verdade e ter que mudar de vida. Por isso que Jesus vai dizer que todo aquele que pecar contra o Espírito santo não será perdoado, isto é, todo aquele que, de forma consciente, fechar seu coração ao amor e fizer uma opção radical pelo mal estará condenado.  Veja bem Jesus nos convida a uma mudança de vida e buscarmos as coisas do alto muito mais que as da terra e se buscamos as coisas deste mundo é para nos levar a atingir as coisas do alto, portanto nada nos importa senão a Glória em Deus. Vamos mudar vamos nos dar a conhecer a Deus de forma que Ele possa realizar em nós uma vida nova, nem que tenhamos que parecer diante da sociedade como um louco, como alguém diferente, mas que sejamos do Senhor e tenhamos a presa d’Ele de evangelizar, de falar de Seu amor de podermos levar outros irmãos ao encontro pessoal com Deus. Não paremos, não descansemos, vamos ser arauto do evangelho, outros tantos precisam de Deus, temos que falar d’Ele. Não pare. Viva uma vida em Deus. Experimente este amor benevolente “E tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus. Por isso, não desanimamos. Mesmo se o nosso homem exterior se vai arruinando, o nosso homem interior, pelo contrário, vai-se renovando, dia a dia”. 

Renove-se hoje, agora, não perca tempo. Nada, Nada vale mais que uma eternidade feliz.

Seja Feliz. Seja de Deus.
Antonio ComDeus

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

SUGESTÃO DE LEITURA

Este livro é muito bom. Indico ao catequista que deseja compreender a diferença entre Reencarnação e  Ressurreição numa linguagem acessível a todos.


REENCARNAÇÃO OU RESSURREIÇÃO,Uma Decisão de Fé

autor:  RENOLD J. BLANK

domingo, 19 de fevereiro de 2012

MATERIAL DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012

MATERIAIS
Material da CF 2012   No site das edições da CNBB, você encontra os materiais impressos para a CF 2012.
Adesivo com Lema, Adesivo do Cartaz, Cartão Postal com Oração da CF, Cartaz Grande, Cartaz médio, Encontros Catequéticos para Crianças e Adolescentes, Famílias na CF 2012 e Via-Sacra, Folhetos Quaresmais, Jovens na CF, Texto-Base CF 2012 e Via-Sacra.